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Crise na Santa Casa: prefeitura rebate nova diretoria e divulga valores destinados ao hospital

 


A crise financeira que pode levar o hospital Santa Casa de Campo Mourão a paralisar o atendimento da UTI NeoNatal, gerou atrito entre a nova diretoria da instituição e a prefeitura. Sem receber salários há cerca de cinco meses, conforme informou a diretoria, os médicos estão pedindo demissão, assim como outros profissionais do setor.

A nova diretoria que assumiu no mês passado, afirma que a dívida acumulada no hospital é de mais de R$ 58 milhões. O atraso no repasse de recursos dos municípios da Comcam seria um dos motivos que fez com que o hospital mergulhasse numa dívida tão gigantesca.

A nova presidente Mariceli Bronoski, em entrevista à Rede Paranaense de Televisão (RPC), disse que a Santa Casa herdou uma dívida astronômica pela falta de repasses das prefeituras, inclusive a de Campo Mourão.  “A gente imaginava que havia um controle desses repasses, o que não aconteceu. Necessitamos de recursos dos municípios para manter o atendimento da Santa Casa”, disse ela na entrevista.

No final da tarde desta quinta-feira, a assessoria de imprensa da prefeitura emitiu uma nota para a imprensa em que apresenta um relatório dos recursos destinados ao hospital. Também afirma que as informações tornadas públicas pela nova diretoria são infundadas. Confira a nota na íntegra.

NOTA PÚBLICA SOBRE A CRISE NA SANTA CASA

Em relação a situação financeira enfrentada pela Santa Casa de Campo Mourão e diante de informações infundadas tornadas públicas pela nova direção sobre os repasses do município, o Poder Executivo de Campo Mourão vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:

– A Santa Casa não é administrada pelo município. A gestão da Saúde é Tripartite (governos federal, estadual e municipal). A própria legislação obriga o repasse do SUS que o hospital tem direito via município. O município também mantém convênios com outras instituições de Saúde como Sisnor, Instituto do Rim e Cis-Comcam e a única que recebe recurso adicional é a Santa Casa.

– Além dos repasses das verbas do SUS, a administração municipal de Campo Mourão destinou à Santa Casa, entre 2017 e 2023, um total de R$ 54,9 milhões, a saber:

1 – entre 2020 e 2022 (recursos do governo federal repassados ao município para combate a Covid-19) – R$ 5,2 milhões.

2 – entre 2018 e 2020 (termos de colaboração) – R$ 4,8 milhões

3 – 2018 (recursos para oxigenoterapia) – R$ 24,9 mil

4 – 2017 a 2020 –Recursos para custeio destinados pelo Estado via município – R$ 20,1 milhões, com articulações políticas (prefeito/deputados). A partir de 2020 pagamentos por produção.

5 – 2018 a 2023 – COAPES (contrapartida do curso de Medicina) – R$ 15,4 milhões. Cabe ressaltar que os recursos do COAPES são repassados pelo Curso de Medicina para investimentos na Saúde municipal,  sem nenhuma obrigatoriedade que seja destinado ao hospital.

– Entre 2018 a 2022 (pagamentos dos municípios da região via Cis-Comcam) – R$ 9,3 milhões. Em 2023 estão programados mais R$ 3 milhões.

– Entre 2018 e 2023, a Santa Casa recebeu ainda R$ 9,9 milhões do governo federal via emendas parlamentares.

– As ações em prol da Saúde demonstram que essa administração municipal sempre esteve empenhada em ajudar a Santa Casa a atender a população. E esse empenho continua. Tanto que reuniões já foram realizadas para alinhamento de medidas com a direção, bem como com o governo do Estado e lideranças políticas.

– A direção da Santa Casa ainda não apresentou ao município nenhum plano de trabalho para o hospital e nenhuma solicitação formal e amparada em dados sobre apoio financeiro.

– Cabe reiterar que o município de Campo Mourão está rigorosamente em dia com os repasses devidos a Santa Casa e o hospital deve utilizar os recursos para a finalidade a que se destinam.

– Na gestão anterior a 2017, o município repassava R$ 200 mil à Santa Casa e a instituição ainda teve que recorrer à justiça para receber.

– Os números relacionados a receitas e despesas com Saúde estão disponíveis no Portal da Transparência do município, são acompanhados pelos órgãos fiscalizadores da administração pública e apresentados a cada quadrimestre em audiências públicas na Câmara de Vereadores.


Fonte: Tá Sabendo


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